Wanderleya Nara Gonçalves Costa
Introdução
Durante o planejamento e execução de uma investigação
científica o pesquisador passa por vários momentos de dúvidas
e reflexões. Por exemplo, a escolha do tema de pesquisa, o “recorte”
que definirá a questão a ser pesquisada, a decisão
quanto aos sujeitos e às fontes de informação são
momentos muito importantes e, geralmente, dão origem à profundas
reflexões por parte do pesquisador. Essas reflexões são
bastante parecidas, tanto para uma pesquisa no meio urbano quanto no meio
rural. Contudo, existem outras questões que preocupam com maior
intensidade aqueles que realizam pesquisas no meio rural e que não
costumam encontrar um espaço “nobre” para discussões –entre
pesquisador e orientador ou entre outros pesquisadores.
Uma dessas questões referem-se ao primeiro contato entre o pesquisador
e o sujeito da pesquisa, já que os valores implícitos nas
relações entre pessoas do meio rural são diversos
daqueles implícitos nas relações das pessoas meio
urbano. Outra questão diz respeito à diferença na
concepção de tempo, uma tecnológica e outra “natural”;
muitas vezes essa diferença causa ansiedade que pode atrapalhar
a coleta dos dados. Duas outras emergem da disparidade entre a linguagem
falada por um e outro: a diferença no significado das palavras e
o problema relacionado à transcrição das falas do
sujeito da pesquisa.
São estas as questões relacionadas às diferenças
entre pesquisador - do meio urbano- e o sujeito da pesquisa - do meio rural-
que estarei tomando como foco de discussão.
2. Apresentação
A educação, seja ela formal ou informal, possui sempre,
de forma implícita ou explícita, um papel extremamente importante
na consolidação e na manipulação dos valores
de um povo. Essa é uma das razões pelas
quais tornam-se necessárias e importantes pesquisas
que ponham a descoberto os valores e os saberes, inclusive os saberes matemáticos
das comunidades rurais. Essas comunidades devem ser tratadas de uma maneira
própria, elas têm direito a um tipo de educação
formal que procure reforçar os laços comunitários
e a sua forma de vida.
Não podemos esquecer, também, que mesmo que
os resultados de uma pesquisa em Etnomatemática no meio rural não
estejam voltados para a transformação da educação
formal ela é valiosa, por exemplo, para conhecermos melhor
a História da Matemática, no sentido dado pela Nova História
ou pela Novíssima História.
Reconhecendo a importância da pesquisa Etnomatemática
no meio rural, não podemos deixar de reconhecer também sua
especificidade em relação às pesquisas
no meio urbano. No meio rural, mais do que no urbano, as formas de
relacionamento intra- e inter-familiar e também as formas de relação
de trabalho determinam valores e conhecimentos a serem veiculados
e reforçados.
Segundo QUEIROZ (1979), no meio rural, as relações intra-
e inter-familiares são profundamente permeadas de afetividade, por
isso mesmo, os grandes grupos familiares ou de
linhagem têm grande importância na configuração
interna da sociedade assim como na distribuição dos
grupos e indivíduos na escala social. Por sua vez, na sociedade
urbana, com seu gênero de vida e sua estratificação
social de base econômica, existe uma predominância de
relações indiretas e indiferentes. É interessante
notar como essa diferença entre os valores implícitos nas
relações pessoais se faz sentir logo no primeiro contato
entre o pesquisador e o sujeito da pesquisa.
3. O primeiro contato
O primeiro contato com os sujeitos da pesquisa é uma das preocupações
do pesquisador que, geralmente, antecipando esse momento, se coloca muitas
questões, algumas das quais são:
como se apresentar;
como falar sobre a pesquisa de modo que seu objetivo fique claro;
como explicar a importância das informações
que serão prestadas;
como explicar a importância acadêmica do trabalho que está
sendo realizado;
que linguagem deverá utilizar.
Sem dúvida que são questões importantes para o
pesquisador tanto que, geralmente, pensando sobre elas – ou sobre questões
parecidas ou equivalentes, o pesquisador elabora um discurso a ser
proferido naquele momento. E com o discurso pronto, aproxima-se do sujeito
da pesquisa, é então que a diferença entre as relações
pessoais do pesquisador - urbano- e o sujeito da pesquisa –de origem rural-
se faz sentir. O sujeito da pesquisa parece não dar a devida importância
às informações colocadas, ao invés disso, interessa-lhe
obter informações que para o pesquisador, oriundo do meio
urbano, parecem sem importância para o momento.
O pesquisador pode se sentir frustado e/ou surpreso quando o sujeito
da pesquisa, aparentemente desconsiderando seu discurso, leva o foco da
conversa para o lado familiar/afetivo, perguntando sobre sua naturalidade,
seus pais, seu estado civil, seus filhos, etc. Muitas vezes o pesquisador
não leva esse assunto adiante, preocupado que está
em coletar os dados para a sua pesquisa, não percebe a importância
que “esse assunto” tem para o sujeito da pesquisa.
No meio rural, como salienta QUEIROZ (1979), as relações
pessoais fornecem a definição de espaço
e das distâncias daí é possível depreender
a importância que tais informações podem ter
para o sujeito da pesquisa. Ainda segundo essa autora, existem algumas
qualidades pessoais consideradas, pelas pessoas de origem rural,
como as mais importantes, são elas: a generosidade, o respeito pelos
outros, o desinteresse, a coragem, o bom-senso e, por último, a
instrução. O sujeito da pesquisa procura conhecer o pesquisador
por meio de informações que este considera “sem importância
para a ocasião”; na verdade, ao tentar extrair essas informações,
ele está tentando identificar no pesquisador as qualidades que,
tradicionalmente, no meio rural, são valorizadas para se estabelecer
relações pessoais.
Geralmente, o tipo de discurso que o pesquisador profere no momento
do primeiro contato com o sujeito da pesquisa contempla quase que exclusivamente
a questão da instrução que, na escala de importância
para as pessoas de origem rural, tem importância menor. Somente após
identificadas as qualidades que considera importante é que a pessoa
de origem rural irá aceitar o pesquisador realmente.
Essa aceitação, esse contato “íntimo” entre pesquisador
e sujeito da pesquisa é essencial no desvelamento e compreensão
da sua maneira de ser, pensar, sentir e agir. Assim, o pesquisador deve
tomar o cuidado de não iniciar o contato com o sujeito da pesquisa
preocupado já em entrevista-lo. Antes da entrevista é
importante que ele se entregue a uma observação participante
e, antes desta, a uma conversa, um ‘bate papo’ para que ambos,
o sujeito da pesquisa e o pesquisador, possam se familiarizar com
o universo pessoal um do outro.
Geralmente, à partir dessa familiarização
e aceitação, o sujeito da pesquisa, mostra-se disposto a
compartilhar o seu saber com o pesquisador. Isso acontece, com muita freqüência,
também por meio de anedotas, historietas, ditados e provérbios
e, nesses momentos, o pesquisador não pode deixar que sua
pressa em coletar dados faça com que não perceba o
saber que lhe está sendo oferecido.
Essa pressa acontece, principalmente, porque no momento em que o pesquisador
–do meio urbano- se encontra com o sujeito da pesquisa - do meio rural
- estão presentes duas diferentes concepções de tempo.
Percebi essas diferentes concepções de tempo, e sua influência
na relação entre pesquisador e pesquisado numa investigação
que realizei no Vale do Jequitinhonha.
4. As diferentes concepções de tempo
Para o ser humano, o tempo é o princípio da ordem e da
organização do cotidiano, sua concepção emerge
no coletivo de um grupo cultural, nasce a partir do seu modo de olhar,
perceber e/ou compreender seu mundo-vida. Por isso mesmo, o sujeito da
pesquisa - do meio rural- possui uma concepção de tempo diferente
daquela do pesquisador - do meio urbano, uma nasce da observação
dos fenômenos terrestres, enquanto a outra, da observação
dos fenômenos celestes.
Na sociedade tecnológica a referência são os fenômenos
celestes que, segundo D’Olne Campos (1992), permitem medir o tempo de modo
mais preciso. Esta precisão fez com que, a fim de dar uma dimensão
à experiência temporal, tenhamos idealizado relógios
e calendários que dividiram o continuum em segmentos – segundos,
minutos, horas, dias, semanas (Leach, 1978). Assim, coloca Leach, “Cada
segmento tem uma duração, mas, conceitualmente, os intervalos
entre os segmentos (...) não possuem duração” e então,
segundo ele, surge o “princípio de que todos os limites são
interrupções artificiais do que é naturalmente contínuo
e (...) a ambigüidade implícita no limite é por si uma
fonte de ansiedade”. Deste modo ele nos fala das “marcas de fronteira”
que, na concepção de tempo relacionada à sociedade
tecnológica –urbana- tem importância considerável.
Leach chama a atenção para o fato de que elas são
“implicitamente ambíguas e uma fonte de conflito e ansiedade”. Essa
ansiedade faz com que tenhamos pressa. Assim, é natural que nossa
concepção abstrata e linear de tempo faça com que
nos sintamos incomodados com os momentos vazios, os momentos de silêncio.
Por sua vez, o tempo das pessoas do meio rural é o do trabalho,
o da luta pela sobrevivência, o do contato com a natureza. Para eles,
“tempo é vida”, é trabalho ligado à terra e se faz
concreto quando o trabalho está realizado. Por essa razão,
ele não é um tempo contínuo, permite momentos vazios
e valoriza o silêncio. Isso faz como que o tempo da linguagem
falada pelo pesquisado do meio rural seja rica em silêncios, em longas
pausas, em intervalos mais longos entre uma colocação e outra,
ou entre uma pergunta e uma resposta.
Geralmente, a pausa dada pelo pesquisador na sua fala é menor
do que aquela que o sujeito da pesquisa está habituado na interação
com os membros do seu grupo cultural. Muitas vezes, o pesquisador sente-se
incomodado com as longas pausas do sujeito da pesquisa, visto que sua concepção
de tempo pressiona por rápidas respostas e, sentindo-se incomodado,
tenta preencher esses silêncios, interrompendo a fala do sujeito
da pesquisa e, assim, talvez, perdendo a chance de obter informações
que talvez pudessem ser valiosas.
Torna-se necessário ao pesquisador entender e respeitar essa
concepção de tempo diferente da sua; não se deixar
contagiar pelo ditado de que “tempo é dinheiro” fará com
que compreenda melhor o sujeito da pesquisa. Só assim será
possível ouvir as respostas, as falas, as anedotas, historietas,
ditados e provérbios do entrevistado sem truncar a sua fala impedindo-o
de expressar-se do seu modo habitual.
5. Outras diferenças entre a linguagem falada no meio rural e
no meio urbano
Sabemos que, geralmente, as pessoas do meio rural se expressam através
de uma linguagem própria, num dialeto próprio. Sabedores
da diferença entre a sua linguagem e a falada pelo sujeito da pesquisa,
o pesquisador está pronto a aprender novas palavras, muitas vezes
desconhecidas pelas pessoas de origem urbana. Contudo, isso não
basta, é necessário estar atento também às
palavras que julga conhecer. Uma palavra que possui um significado para
o pesquisador pode ter um significado completamente diverso para o sujeito
da pesquisa.
No meu caso, o reconhecimento de que uma palavra que julgava conhecer
bem pudesse ter um significado completamente diferente se deu de um modo
surpreendente. Na pesquisa no Vale do Jequitinhonha, a que já me
referi anteriormente, numa determinada ocasião, eu estava interessada
em entender “como” e “quão precisamente” os sujeitos da pesquisa
eram capazes de estimar medidas de capacidade. Ao lhes perguntar quanto
cabia num determinado recipiente eles respondiam utilizando, quase sempre,
a unidade prato.
Quando os sujeitos de minha pesquisa falavam em “prato” eu pensava
no nosso “prato de cozinha” e imaginava que eles, que estimavam muito bem
medidas de peso e de distância, tinham algum problema para estimar
capacidade. Parecia-me impossível que a capacidade daquele recipiente
fosse apenas aquela dita por eles. Ao questioná-los fiquei sabendo
que o “prato” era uma medida de capacidade utilizada na região equivalente
à três litros.
Nesse caso, uma observação mais detalhada da fala dos
pesquisados levou a descobertas interessantes acerca da existência,
história, construção e utilização de
uma medida (COSTA, 1998). A meu ver, os dados que foram colhidos à
respeito do prato de medida mostram que a Etnomatemática pode trazer
importantes contribuições para a História da Matemática,
no sentido dado pela Nova História.
Interessante também foi notar que os ceramistas, que diziam
não conhecer a figura geométrica triângulo, na verdade,
tinham para essa figura um nome diferente, quadrado despontado ou um quadrado
que perdeu a ponta. O fato de que, na região da pesquisa, o triângulo
tivesse um outro nome nos mostra que pode existir uma outra linguagem matemática
além da que conhecemos, ou que, pelo menos, existem termos que não
conhecemos que faz parte da linguagem matemática de um grupo cultural.
Sob o meu ponto de vista, esses dois exemplos ilustram bem o cuidado
que o pesquisador deve ter para compreender bem os significados da fala
dos pesquisados. Contudo, não basta compreender a sua linguagem,
o pesquisador deve ter o cuidado de não traduzi-la simplesmente
para aquela que Bernstein (1974) chama de variedade lingüística
associada à classe média. Essa tradução sem
reflexão pode levar a perdas na pesquisa. Creio ainda que respeitar
e valorizar um conhecimento matemático implica não cometer
aquilo que Bourdieu e Passeron (1975) chamam de violência simbólica,
que é a imposição às classes dominadas da linguagem
da classe dominante.
Pensar sobre isso nos leva a um outro problema que o pesquisador se
coloca: “como transcrever a fala do sujeito da pesquisa?”.
6. A transcrição das falas
É interessante notar que se o entrevistado pertence a
um grupo considerado erudito a questão “como transcrever a fala
do sujeito da pesquisa” não se coloca; quando ele é
alguém que possui uma certa cultura acadêmica,
ao se fazer a transcrição, se sua fala, em algum momento,
é considerada incorreta, é imediatamente corrigida,
sem questionamentos. Por exemplo, a fala do pesquisador, quase sempre,
aparece num discurso coerente, sem hesitações ou erros.
Para vermos como isso ocorre, basta tomarmos alguns trabalhos de pesquisa
que utilizem entrevistas e relatos orais e compararmos as transcrições
da fala do pesquisador e do sujeito da pesquisa.
A reprodução da fala do pesquisador, geralmente, é
feita com a utilização da ortografia correta, num discurso
gramaticalmente correto, como se não existissem deslizes
fonéticos. Assim, se o pesquisador diz, por exemplo, “A
senhora produz, prá vender no final de semana, quantos potes, panelas,
talhas.... quantos objetos? essa fala acaba sendo transcrita como:
“A senhora produz, para vender no final de semana, quantos potes,
panelas, talhas, enfim, quantos objetos?”. Ao fazer uma correção
desse tipo, o pesquisador não se questiona. Ao que parece, inconscientemente,
o pesquisador considera que seria um desrespeito ao falante de escolaridade
e status mais elevado não corrigir eventuais erros da sua
fala.
Por outro lado, quando da transcrição da fala de
alguém que não é considerado erudito, nota-se
a preocupação em reproduzir erros de concordância ou
de regência de verbos, isso em nome de um respeito à
sua maneira de falar. Um exemplo disso é uma frase que li
num livro de sociologia que foi transcrita da seguinte maneira: “Si eu
fizer isso, o que vou ganhar?”. E eu me pergunto: qual de nós
pronunciaria sE?
Tomando uma posição completamente diversa, alguns(mas)
pesquisadores/as optam por corrigir a fala do entrevistado,
retirando da sua fala os erros de concordância. Um exemplo é
o seguinte depoimento de um habitante do Vale do Jequitinhonha, ex-colono
de uma fazenda de café:
“O pau-de-arara é uma árvore seca que ainda não tombou, que não tem valor, que não tem voz, que não é visto por ninguém. Mas é preciso lembrar uma coisa: se um dia, acabar os paus-de-arara, todos os proprietários morrem de fome, porque eles não sabem fazer nada. Nosso valor é imenso e é por isso, que é preciso uma voz, um apoio para nós. O juiz, o advogado, o médico, os proprietários, os ricos, enfim, não reconhecem o nosso valor. Mas eles esquecem que arroz, o feijão, o café, tudo o que eles comem provêem destas mãos, cheias de calos. Nós sofremos, nós somos jogados como lixos nos sacos para ser transportados nos caminhões, nós somos lixos para eles.”
Correções como a acima exemplificada são muitas
vezes justificadas pelos pesquisadores pela preocupação em
evitar que o sujeito da pesquisa seja avaliado de forma preconceituosa
e/ou ainda com o truncamento da leitura do texto.
Mas observando essas diferentes posturas uma questão se coloca.
Como, nas pesquisas em Etnomatemática, devemos agir com relação
a isso? Essa é uma questão importante pois quando se está
em jogo a valorização do diferente não podemos pensar
somente em mostrar a existência de conhecimentos matemáticos
diferentes mas em toda uma forma de estar escrevendo acerca desses conhecimentos.
Creio que devemos evitar a caricaturização da maneira
de falar do sujeito da pesquisa. Por outro lado, corrigir sua fala não
seria negar que o morador do setor rural possui um dialeto próprio
e dinâmico? E nós, que procuramos mostrar que
os habitantes do meio rural têm um conhecimento matemático
próprio e dinâmico não podemos ter esse tipo de atitude.
Sob o meu ponto de visa, assumir uma posição coerente
também no que diz respeito à transcrição da
fala do sujeito da pesquisa é essencial numa pesquisa em Etnomatemática.
Na minha opinião, ocorre um desrespeito quando se corrige a fala
do pesquisador mas não a do pesquisado.
Creio que uma opção que se coloca é mantermos
também os deslizes dos pesquisadores.
7. Considerações finais
Procurei relatar aqui algumas das minhas próprias dúvidas,
preocupações, problemas e reflexões ao realizar pesquisas
no meio rural. Coloquei o que penso hoje, o que significa que em alguns
casos modifiquei minha maneira de pensar em relação à
época em que realizei a pesquisa no Vale do Jequitinhonha, aqui
citada por várias vezes. Contudo, ainda hoje, não tenho
certeza do caminho correto a ser seguido, esse texto é um convite
à reflexão sobre assuntos que, creio, vale à pena
debatermos.
8. Referências bibliográficas
BERNSTEIN, Basil. Códigos amplios y restringidos: sus orígenes
sociales y algunas consecuencias. GARVIN, Paul Y SUÁREZ, Yolanda
Lastra. Antologia de estudios de Etnoligüística y Sociolingüística.
Universidad nacional autónoma de México, 1974.
COSTA, Wanderleya Nara. Os ceramistas do Vale do Jequitinhonha: uma
investigação etnomatemática. APM. Portugal, 1998.
(Colecção Teses)
D’OLNE CAMPOS, Márcio. O céu a olho nu do horizonte local:
calendários e relógios. Campinas, SP: IFCH/ALDEBARÃ,
1992.
LEACH, Edmund. Cultura e Comunicação. Rio de Janeiro:Zahar,
1978.