Isso sem falar no efeito "cascata" desse setor, que garante milhares de empregos em concessionárias, oficinas, reparadoras em geral, fábricas de peças e acessórios, lojas de equipamentos, locadoras de veículos, lojas de carros usados, administradoras de consórcio, instituições financeiras do setor automotivo, transportadoras, lava-rápidos e tantas outras empresas. Desde a abertura do mercado às importações, em 1990, as atividades em torno do setor automobilístico vêm crescendo a cada ano. Nesse período, o Brasil saltou de 11º para 7º colocado no ranking mundial de fabricantes de veículos. "Em potencial de mercado consumidor, só perde para a América do Norte e a Europa, na avaliação de estrategistas estrangeiros", aponta Marcos Cobra, economista e consultor especializado em assuntos da indústria automobilística. No ano passado, o Brasil bateu novos recordes de produção e vendas, superando, em ambos os casos, a barreira de 2 milhões de veículos. As exportações do setor em 1997 chegaram a US$ 4,8 bilhões, o que representou cerca de 10% do comércio exterior brasileiro. 

Produtor mundial - A expectativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é que o Brasil chegue à virada do século como um dos quatro maiores produtores mundiais de automóveis. Além do investimento recorde das montadoras já instaladas (cerca de US$ 3 bilhões em 97), novas marcas estão chegando. Em setembro, a Honda inaugurou sua fábrica em Sumaré, interior de São Paulo. 

Este ano, começam a funcionar três fábricas: duas no Paraná (Renault e Chrysler) e uma no interior paulista (Toyota). (G.L.)