Já que existe somente uma maneira
de arranjar uma molécula covalente contendo quatro hidrogênios
e um carbono tetravalente, existe necessariamente somente uma estrutura
tridimensional possível do metano. Além disso, como cada
um dos quatro hidrogênios do metano é inteiramente equivalente;
removendo qualquer um dos quatro hidrogênios e trocando-o com um
grupo metil, obtém-se um e somente um etano (C2H6).
Nós podemos fazer afirmações semelhantes, sobre o
etano. Como cada um dos seis hidrogênios do etano é inteiramente
equivalente a cada um dos outros cinco, removendo-se qualquer um dos seis
e trocando com um grupo metila obtemos a estrutura da molécula do
propano (C3H8).
Com o propano, entretanto, chegamos a
algo de novo nas estruturas de alcanos: uma molécula com mais do
que um tipo de hidrogênio. Cada um dos dois carbonos metílicos
terminais do propano possuem três hidrogênios e todos os seis
desses hidrogênios terminais são hidrogênios metílicos
mutuamente equivalentes. Entretanto eles são todos diferentes dos
dois hidrogênios ligados ao carbono central do propano. Ou seja,
os seis hidrogênios metílicos dos dois grupos metílicos
nas pontas das cadeias se comportam diferentemente - apresentam diferentes
propriedades químicas - dos dois hidrogênios do carbono central,
o grupo -CH2-. Um grupo -CH2- é conhecido
como grupo metilênico e os hidrogênios ligados a ele são
hidrogênios metilênicos. Embora estes dois termos, hidrogênios
metílicos e hidrogênios metilênicos são bem aceitos
pelos químicos e úteis na discussão de diferentes
tipos de hidrogênio na molécula, existe uma outra forma, mais
precisa de descrevê-los. É definido três diferentes
classes de carbono e os hidrogênios aos quais eles são ligados:
carbonos e hidrogênios primários, indicados pelo símbolo
1o.; secundários, com o símbolo 2o.;
e terciários, 3o.
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