A região onde hoje são os Estados de Mato Grosso,
Rondônia e Mato Grosso do Sul foi, durante séculos, apenas Mato Grosso, chamado de Mato
Grosso Uno.
Documentos referente a
Mato Grosso tem início com a chegada dos espanhóis no Rio Paraguai, a partir de 1530.
No entanto, um governo duradouro apenas teve início em 1724, com o estabelecimento
do Distrito de Cuiaba, que siginificava um ponto na conquista
portuguesa de terras espanholas.
Mato Grosso viveu um
longo período etno-histórico, onde tribos indígenas dominavam todo o território.
A organização social variava de tribo para tribo, conforme os padrões
parafamiliares. Sabe-se apenas uma parte da história tribal, a atual, pois a grande
etno-história se perdeu no tempo.
Mato Grosso nasceu
subjulgado pelo imperialismo europeu e, desde o princípio, foi explorado pelo capitalismo
dos chamados colonizadores. É um dos poucos Estados brasileiros onde se identifica
uma pureza cultural e uma fidelidade da terra na preservação das suas raízes.
Os períodos
históricos compreendidos na história de Mato Grosso são: o espanhol, período de
capitania, período do 1º Império, período do 2º Império, período da 1ª República
e período da 2ª República.
Por
que o nome de Mato Grosso? Conta a história que em 1734, a família Paes
de Barros, de Sorocaba, deixam Cuiabá à cata de índios ou mais precisamente, à
conquista do gentio pareceis, que já se achava quase extinto nas vastas campinas do
sertão. Nessa região, que ficava entre os rios Jauru e Guaporé, andaram eles,
pela primeira vez, em 1732. Quando voltaram, dois anos depois, viram nessa região
tanta floresta virgem, onde sobressaía o porte das árvores, quase todas com os caules
corpulentos e muito altas que, exatasiados, provavelmente, aplicaram o nome de MATO GROSSO
à região. Depois, tal denominação estendeu-se à região da povoação, por ali
edificada inicialmente, com o nome de Villa Bela da Santíssima Trindade, fundada em 1752,
pelo primeiro capitão-general Antônio Rolim de Moura. Posteriormente, o nome Mato
Grosso foi adotado por toda a capitania. (Silva, O. J.)
Para um estudo mais detalhado
da história de Mato Grosso, recomendo dois livros:
1º) Do saudoso Coronel Octayde Jorge da Silva, da Escola Técnica Federal de Mato Grosso. Fui
previlegiada em tê-lo como educador no ensino técnico na ETFMT, enquanto aluna desse
estabelecimento. Vale ressaltar aqui a importância desse educador para a ETFMT e para a
cultura Matogrossense. Livro: Um estudo sobre a História de Mato Grosso.
Roteiro para ensino de 1º e 2º Graus, 1982.
2º) Ferreira, J. C. V. Mato
Grosso e seus Municípios. Secretaria de Estado da Cultura de Mato Grosso,
1997.
Cuiabá nasceu à beira do Córrego da
Prainha, onde os bandeirantes trazidos por Paschoal Moreira Cabral e Miguel Sutil
garimparam ouro.
A ata da fundação de Cuiabá fora mandada
lavrar a 08 de abril de 1719, nas proximidades do Clube Dom Bosco, no Morro da Prainha,
atual bairro Bandeirantes.
Cuiabá é conhecida como "Cidade
Verde" e, também, como "Portal da Amazônia e do Ecoturismo".
Cuiabá é bem drenada, sendo banhada pelos
rios Cuiabá, Coxipó, Coxipó-Açu, Pari, Mutuca, Aricá, Manso etc., além de vários
córregos e ribeirões.
Denominação dos habitantes: Cuiabanos
Altitude: 165m
Por que o nome Cuiabá?
Muitas histórias/estórias são contadas sobre a constituição do nome Cuiabá.
A mais conhecida é a seguinte: "conta-se que um dos portugueses viventes
na região se lavava no rio, usando uma cuia (fruto das cabaceiras, já cerrado, tratado,
sem os miolos). Esta, escapando-se de suas mãos, desceu o rio e se foi. O
português disse: Cuiabá! Como o português troca a letra v
por b, na pronúncia, talvez houvesse dito Cuia vá. Daí teria vindo o
nome Cuiabá". Mas isso é apenas um registro!
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A poaia (Cephaelis ipecacuanha) ou ipeca,
jutamente com a erva-mate (Ilex paraguaiensis), fizeram a história da economia
matogrossense. Atualmente, não existem mais plantações de erva-mate, com
raríssimas exceções.
Atualmente, Mato Grosso é considerado a
maior fronteira agrícola em expansão no Brasil, sendo um grande produtor de soja.
Destacam-se ainda, as culturas de arroz, café, feijão, amendoim, mamona, mandioca,
banana, guaraná, cacau e sorgo e numa escala menor a laranja e o abacaxi. A
cana-de-açúcar tem papel fundamental na economia matogrossense, pois além de responder
por grande oferta de mão-de-obra, ainda é responsável pela produção de álcool e
açúcar, sendo que grande parte é consumida na região Centro-Oeste.
Um dos alicerces da economia Estadual é a
pecuária, que tem um dos maiores rebanhos de bovinos do país. A implantação de
indústrias frigoríficas no Estado aumentou a capacidade de abate, permitindo inclusive a
exportação de determinados produtos industrializados pelo setor.
(Fonte: Mato Grosso e
seus Municípios. Ferreira, J. C. V.)
